22.8.10


o teu silêncio não tava nada quieto e gritou um sussurro de contradições quando eu ouvi da tua voz a inconstância de 'procurar os sapatos ou um caminho com menos espinhos?' e, querida, isso tá me deixando nervosa tá me pesando aqui no peito e tive até um pesadelo - não me pede pra entender isso que disso daí eu não entendo e eu também prometo não vou pedir pra você explicar, só tenta fazer como eu e tira esse sapato apertado e tira esse aperto de cima e cuidado pra não pisar ali embaixo. voa e me deixa voar que é o resto não-resto que sobra, e só não vai me dizer que tá cansada disso porque, poxa, de distância física a gente já tá saturada mas de voar você sabe que eu não me canso. aí não é como aqui não tem sempre vento-sul então não desperdiça a brisa quando bater na sacada e aproveita pra vir com ela antes que chegue furacão. e lá de cima quando olhar o mar e se ver por inteiro, e, se me vir por dentro, lembra de fevereiro e faz como no verão voa mais alto evapora comigo como quando a gente suava e se sujava e fazia checks em cada lugar maluco que a gente fez amor e é, vem amor vem voar comigo não larga a minha mão e deixa que dos tantos empecilhos até o 'mãe' a gente superou, não vai criar mais um, hein, não vai esquecer de pedir uma mesa-para-dois e não me faça ser discreta. não me deixa levitar sozinha nem desperdiça essas asas bonitas.. enrosca nas minhas, vai, voa comigo.

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